FUTEBOL E VIOLÊNCIA, COMBINAM?
Ingratamente, o futebol vem sendo comparado à esportes como rugby, futebol americano, basquete. Esportes em que o contato físico entre os atletas é muito superior ao futebol. O por quê disso? Talvez as recentes lesões sofridas pelos atletas possam responder...
No Brasil, duas “vítimas” nem tão “vítimas” assim da crescente violência no esporte, Renato Augusto, meia do Flamengo, e Dodô, atacante do Fluminense, sofreram afundamentos na face. Na Europa, a fratura sofrida pelo brasileiro naturalizado croata, Eduardo da Silva, atacante do Arsenal, colocou novamente em discussão pública a exaustiva altercação ideológica sobre a questão.
Com intrepidez, o presidente da instituição máxima do futebol, Joseph Blatter esboçou uma possível forma de conter as jogadas perigosas. O tempo de recuperação do jogador que sofre a lesão, determinará o tempo de suspensão ao “agressor”. Algo não muito responsivo. Em recente declaração, o atacante do Manchester United, Cristiano Ronaldo, disse que estaria a considerar a possibilidade de parar de driblar com medo das possíveis entradas dos adversários.
É extremamente ridículo a arte do futebol decair por causa de entradas duras. O temor de uns e o despreparo técnico de outros, põe em xeque o futebol bonito, as belas jogadas, os bons jogadores. A própria integridade física dos que participam diretamente do espetáculo entre as quatro linhas é involuntariamente incluída no conjunto de retrocessos constantemente oferecidos ao futebol!
Mais do que conseqüente, resta-nos a mais que possível espera pela conscientização dos próprios esportistas à respeito da maneira contundente e freqüente que lesões, até então extremamente atípicas, vem acontecendo de maneira corriqueira no futebol.
Jonathas Souza